Filha e genro alteraram local da morte de idosa, na PB, para forjar acidente, diz delegada



O casal que foi preso suspeito de matar uma idosa de 85 anos, na segunda-feira (23), em Campina Grande, alterou a cena do crime para forjar um acidente, de acordo com a investigação da Polícia Civil. Os presos são a filha e o genro da vítima. "A cena do crime foi totalmente alterada, e um fio mais largo encontrado na casa pode ter sido usado no crime", disse a delegada responsável pelo caso, Suelane Guimarães.


Idosa é encontrada morta com fio de ventilador enrolado no pescoço, em Campina Grande


Segundo a delegada, um dos pontos contraditórios na versão dos suspeitos é referente ao fio do ventilador. A perícia constatou que a espessura da lesão provocada no pescoço e tórax da vítima não é compatível com o fio do aparelho, apontado pelo casal como o causador da morte.


“A lesão é muito mais compatível com outro fio encontrado na casa, que é bem maior e mais grosso, e não estava sobre o corpo da idosa”.

Suelane informou ao G1 que, quando a equipe chegou ao local, a cena do crime estava totalmente alterada. "A vítima já estava no sofá, não havia nenhum fio de ventilador envolto na vítima e após buscas no interior da residência foi encontrado um fio mais largo, compatível com as lesões da vítima".


Conforme a delegada Suelane, só havia as três pessoas na casa no momento do crime. “O próprio casal confirmou isso e disse também que não havia entrado ninguém estranho na residência. Não existem sinais de arrombamento no imóvel. O casal afirma que foi um acidente, mas o laudo pericial descarta essa possibilidade”, disse a delegada.


A equipe policial foi acionada ainda na manhã da segunda-feira, para investigar a situação da idosa encontrada morta na sala da casa. A princípio, o casal informou aos policiais que ela havia sofrido um acidente, pois seu tórax estava enrolado com o fio de um ventilador.


O corpo da idosa foi encaminhado para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), e o resultado do laudo constatou morte por asfixia decorrente de estrangulamento, descartando a versão dada pela filha e o genro da vítima aos policiais.


O diretor do Numol em Campina, Marcio Leandro, deu detalhes das lesões provocadas no corpo da idosa, com ferimentos internos na garganta e pulmões, explicando as conclusões do laudo. Para ele, é impossível uma pessoa se acidentar daquela forma e apresentar marcas como aquelas.


"A forma como as pessoas suspeitas relataram não resulta em lesões assim. Não tem como. O que vimos foram claros sinais de asfixia por sufocação”, disse.


O casal morava com a idosa há cerca de um ano. Eles foram presos em flagrante e permanecem na Central de Polícia Civil.


G1PB 

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