Pesquisadores das universidades federais de Campina Grande (UFCG) e Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um papel filme antimicrobiano biodegradável para conservação de alimentos produzido a partir do amido de semente da jaca com óleo essencial de canela.
As sementes de jaca são pouco utilizadas e, em sua maioria, descartadas no lixo. “Então, pensou-se na utilização delas na elaboração de um filme visando a conservação. À essa base filmogênica, acrescentamos o óleo essencial para apresentar atividade antimicrobiana e com isso conservar os alimentos por um período maior, evitar o crescimento microbiológico”, explica Eliane de Sousa Costa, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Processos da UFCG.
O material desenvolvido é isento de conservantes químicos e segue as recomendações da legislação vigente. Toda a parte experimental para a elaboração do produto foi desenvolvida no Laboratório de Controle de Qualidade da UFRN. O plástico filme poderá ser utilizado pelas indústrias de embalagens voltadas para a área de alimentos.
“O filme antimicrobiano biodegradável é uma alternativa aos filmes oriundos de fonte petroquímica, utilizado para acondicionar alimentos, cosméticos, entre outras aplicações. Esses últimos, por exemplo, quando descartados, se transformam em resíduos sólidos que demoram centenas de anos para se decompor. O filme desenvolvido será totalmente absorvido pelo ambiente, origina-se de uma fonte renovável, valoriza um resíduo como é a semente da jaca, transformando-o em matéria-prima de baixo custo”, destaca a pesquisadora da UFRN, Kátia Matsui.
Neste mês de fevereiro, a equipe de cientistas que, além de Eliane e Kátia, é integrada por Josivanda Palmeira, Inácia dos Santos, Júlia Medeiros, Adriana Ferreira e Alexandre José de Melo, todos da UFCG, entrou com um pedido de patente intitulado Filme antimicrobiano biodegradável do amido de semente de jaca com óleo essencial de Canela cassia no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI)
Portal T5
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