Oito adolescentes com idade entre 12 e 15 anos são suspeitos de dopar e estuprar três colegas de uma escola localizada na zona leste de São Paulo. Eles filmavam o ato, compartilhavam o vídeo com amigos por meio de aplicativos de mensagens e usavam as imagens para chantagear as vítimas.
A mãe de uma das vítimas reconheceu a filha em uma gravação e procurou a polícia para fazer a denúncia. De acordo com a investigação, todos os envolvidos estudavam na mesma escola e o abuso ocorria na casa dos adolescentes que estivesse vazia.
Em entrevista à Record TV, outra mãe diz que a filha chegou a perder os sentidos. "Um dos meninos chamou ela para cabular aula, e, ao chegar lá, ela foi ao banheiro e disse que não se lembra mais do que tinha acontecido. Quando ela retomou os sentidos, estava em um quarto com um deles, e o menino começou a tirar a roupa dela", relatou.
O delegado Valdecir do Nascimento, responsável pelo caso, informou que a polícia fez diligências nas casas dos adolescentes e encontrou remédios e entorpecentes, que seriam usados para desestabilizar as meninas.
Uma delas ainda contou à mãe que tentou impedir os abusos, mas que "o menino dizia que faria com carinho", e que, após a negativa por parte dela, outros dois adolescentes entraram no quarto. "Um deles chegou a falar que, se ela contasse para alguém, ia falar para mim que ela estava cabulando e iam difamá-la para a escola inteira", disse.
Ainda segundo o delegado, o diretor da escola foi proibido pela Secretaria de Educação de comentar o caso. A defesa de um dos adolescentes diz que não houve abuso e que tudo foi consensual.
A polícia pediu o exame toxicológico das vítimas para ver se há a presença de alguma substância no corpo delas. O 67° DP (Jardim Robru) investiga o caso.
Por R7
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