Criança é alfabetizada durante tratamento no Hospital de Trauma de Campina Grande


O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, por meio do Núcleo de Apoio e Diagnóstico da Pessoa com Deficiência, concluiu um trabalho pioneiro que integra as ações do projeto de tratamento humanizado da unidade: a alfabetização de uma criança que está internada há quatro anos na UTI Infantil.


A pequena Alexsandra Barbosa, de 9 anos, portadora de distrofia muscular congênita dependente de ventilação mecânica, recebeu seu diploma em uma cerimônia simbólica na própria unidade hospitalar, ao lado dos pais Adeildo dos Santos e Edilene Barbosa.


O processo pedagógico começou em 2020, mas com a pandemia teve uma pausa e retornou agora em 2021. O trabalho multidisciplinar contou com as participações dos profissionais dos setores de serviço social, psicologia, UTI infantil e da Secretaria de Educação do município de Juazeirinho, onde a menina mora.  


Para a professora pedagoga do Atendimento Educacional Especializado (AEE), Lilian Valeria Costa, esse é um trabalho pioneiro em que o profissional da educação sai de dentro da sala de aula para atuar no hospital onde a criança está interna e, no caso, presta o seu serviço à criança que necessita desse acompanhamento.


De acordo com a psicopedagoga do Trauma-CG, Siudete Costa, a inserção da classe pedagógica no ambiente hospitalar é extremamente importante no momento em que a criança está afastada do seu ambiente normal de vida, do seu lar e da sua própria escola.


A pediatra e coordenadora da UTI Infantil, Noadja Andrade, disse que a iniciativa faz parte do projeto de tratamento humanizado realizado pelo Trauma-CG, adiantando que, apesar de a menina ter patologia de distrofia muscular crônica com dependência da ventilação mecânica, o problema não afetou a sua função cerebral, o que possibilita que seja uma criança que saiba ler e escrever e se tornar independente. “Estamos aproveitando esse potencial de Alexsandra de inteligência e entendimento para promover também outros conhecimentos da tecnologia, conforme a sua faixa etária”, destacou a médica.


Para Edilene Barbosa, 30 anos, foi muito gratificante ter visto sua filha de 9 anos sendo alfabetizada durante o tratamento na UTI do Trauma Campina Grande. “Gostei bastante da iniciativa, é diferenciado e recompensador”, disse a mãe.


ClickPB

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