Desde muito nova, Wellen Monteiro, de 29 anos, sabia que queria ser empreendedora. Mas foi só em 2012 que ela descobriu em que área realmente atuaria: a confeitaria. Formada em direito, ela desistiu da carreira jurídica para se dedicar exclusivamente à culinária. “Eu faço por amor, fui escolhida para isso”, afirmou a profissional, que participou do Chef JPB deste sábado (10).
Tudo começou com uma brincadeira, quando Wellen, que mora em João Pessoa, decidiu produzir cupcakes pra levar para as amigas da faculdade. Aos poucos os doces foram virando um produto de venda. “Eu vi que aquilo dava um dinheirinho [...] passei a produzir bolo, criei uma rede social e isso começou a tomar uma proporção muito grande. Quando eu vi já estava totalmente apaixonada pelo o que eu fazia”, relembrou a confeiteira.
Como nem tudo são flores, Wellen enfrentou desafios. “Cair no mercado sem experiência, ganhar confiança das pessoas para acreditarem no seu trabalho”, foram alguns dos exemplos dado pela empreendedora. Além disso, ela relatou não ter tido o apoio da família, quando iniciou no negócio. “Para as pessoas era muito impensado eu largar o direito para vender bolo [...] era uma coisa sem sentido”.
O tempo passou e, hoje, a empreendedora comemora o caminho escolhido. “Eu me sustento totalmente da minha profissão. É o que sustenta a minha casa”, ressaltou, relembrando que já sofreu preconceito pela carreira que decidiu trilhar. “Muita gente me perguntava por que eu fazia bolo e se eu não tive outra opção”, acrescentou.
Conforme Wellen, o segredo para empreender é saber de tudo um pouco. “No meu caso, não basta eu ser boa na confeitaria. Eu tenho que entender de administração, de marketing, de contabilidade. Empreender é um grande jogo de cintura”, enfatiza.
Empreender na pandemia
Assim como todos os profissionais que vivem do próprio negócio, Wellen teve que se reinventar para driblar as dificuldades impostas com a pandemia. A gastróloga relatou que, na mesma semana em que inaugurou o ateliê em uma sala comercial, foi decretado o fechamento do comércio, como forma de minimizar a disseminação da Covid-19.
“Pensamos em estratégias e conseguimos trazer produtos diferentes. A gente fez com que as pessoas conseguissem comemorar, já que trabalho com festas, principalmente com as infantis. Após um ano de pandemia continuamos firmes e fortes”, relatou a profissional, que já tem mais de 11 mil seguidores na rede social que usa para divulgar o trabalho.
“A formação em Gastronomia me deu segurança”
Em 2018, Wellen teve a oportunidade de finalmente ingressar no curso de gastronomia. Ela revela que ter formação na área trouxe mais segurança, mais autoridade. “Eu queria ter certeza de que as técnicas que eu usava estavam certas”, contou.
A empreendedora revelou, também, que tem a intenção de seguir a carreira de professora de confeitaria, no ensino superior. “Hoje eu já dou aulas, dou cursos particulares e já tô fazendo pós-graduação na área [...] como eu sempre tive essa intenção, a faculdade veio pra me dar a base”, compartilhou.
Sobre o futuro, não poderia ser diferente. Wellen tem o sonho de ver a empresa com muito sucesso, além de querer "ser referência na confeitaria nacional e até mesmo internacional, como também, dar aulas em faculdades de gastronomia", concluiu.
G1PB
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