O presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) confirmou nesta sexta-feira que o auxílio emergencial será
prorrogado até dezembro, mas não adiantou qual seria o valor das futuras
parcelas do benefício pago às pessoas para ajudar no enfrentamento ao novo
coronavírus.
"Infelizmente não pode
ser definitivo", disse Bolsonaro durante cerimônia de entregas de projetos
federais em Ipanguaçu, no interior do Rio Grande do Norte. Ao ser questionado
pela plateia, o presidente afirmou que o repasse será mantido até dezembro.
"Só não sei o valor", completou.
O presidente disse que o
auxílio atualmente no valor de 600 reais por mês-- tem um custo de 50 bilhões
de reais mensais. "Enquanto for possível manteremos, mas é preciso ter
consciência que não dá para ser eterno", reforçou.
Bolsonaro já havia dito
publicamente que está buscando um meio termo entre os 200 reais propostos pelo
Ministério da Economia e os 600 reais atuais para o valor das próximas parcelas
do auxílio emergencial.
Segundo ele, 200 reais é
pouco, mas não é possível manter os 600 reais às custas de aumento do
endividamento do país.
Fontes da equipe econômica
disseram à Reuters que o governo estuda uma medida provisória para manter o
auxílio para além de agosto. Caso o presidente fosse apenas editar um novo
decreto para prorrogá-lo a exemplo do que fez em junho-- o benefício teria que
seguir em 600 reais.
O líder do governo no
Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse em entrevista à Reuters que a
prorrogação do auxílio será anunciada oficialmente em uma grande cerimônia na
próxima terça-feira para o anúncio de medidas de recuperação da economia do
país.
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